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Conversas com a Psicóloga


Ontem realizamos mais um bate papo entre a psicóloga do Colégio e as famílias do Fundamental II e Ensino Médio. Na conversa o tema central foi "Adolescentes na escola e a necessidade de acompanhá-los" Falamos sobre o desafio de estreitarmos a relação entre família e escola para que nosso compromisso com uma educação para a vida seja cumprido.

Mesmo com um número reduzido de mães, conseguimos ampliar a conversa sobre as vivências dos estudantes, suas dificuldades em focar nas atividades escolares e a nossa responsabilidade em acompanhá-los nas tarefas sem deixar de potencializa-los para a autonomia e independência.

Segue um pouco do conteúdo que debatemos:

* A escola é o grande palco das vivências que envolvem o encontro entre EU e os OUTROS. Estar em relação é o desafio de se experimentar na diferença. Somo todos diferentes e muitas vezes a diferença do "outro" nos causa medo, admiração, curiosidade, raiva, alegria, etc. Mas é a partir do OUTRO (da diferença) que vamos nos constituir como ser no mundo.

* Ao chegar na adolescência, essas diferenças se intensificam, tomam formas mais concretas e nos mantém em constante conflito. Considerando que adolescentes sofrem pressão das mais variadas fontes, pois deles é cobrado o desempenho de papéis sociais que não estão habituados. Arrisco dizer que muitos adolescentes vivem conflitos intensos, se complicam nas relações, mas procuram manter uma postura de autossuficientes, quando o que precisam é que os peguemos pela mão e os ajudemos a dar sentido à efervescência de sentimentos/emoções comuns nessa fase da vida.

* Comungo da ideia de Hannah Arendt em torno do conceito de autoridade na educação. É preciso que haja uma autoridade, sem confundir com tirania. Há intrínseco ao papel de educador/educadora a necessidade de se reconhecer e ser reconhecido como agente responsável pela inserção dos mais novos, no mundo. Assim, educadores e família devem assumir essa responsabilidade de iniciar as crianças e adolescentes no mundo público.

* Já abordamos, em outro momento, o quanto a presença das redes midiáticas podem ser nocivas no desenvolvimento das crianças e adolescentes, pois sem uma mediação de adultos responsáveis, passam a consumir conteúdos impróprios. Entretanto, o papel da escola tem fronteiras impermeáveis, pois não podemos, tampouco desejamos, regular a vida das famílias. Então cabe aos responsáveis avaliar e delimitar o uso que seus filhos fazem da internet. Ainda assim, a escola precisa manter coerência entre os princípios e diretrizes da educação e as ações que promovam o cuidado e empatia com o OUTRO. Por isso a importância e urgência em mantermos a confiança e parceria entre escola e famílias.


Agradecemos a participação de quem conseguiu estar no encontro e esperamos aumentar o quórum para os encontros que acontecerão em 2024.

Para o próximo ano também contamos com suas sugestões de pauta, que podem encaminhar por aqui ou no clip escola, direto para a psicóloga.



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